O Twitter anunciou neste domingo (18) que iria suspender ou banir usuários que divulgarem perfis de outras redes sociais. Não seria mais permitido fazer “promoção gratuita” de contas do Facebook, Instagram, Mastodon e afins, seja por meio de tweets ou pelo link na biografia do perfil. Agregadores de links, como o Linktree, também seriam proibidos. No mesmo dia, o CEO Elon Musk se desculpou e desistiu dessa política.
A medida foi anunciada durante a final da Copa do Mundo, enquanto a rede social batia recorde de engajamentos na partida entre Argentina e França. “Vamos remover contas criadas apenas para promover outras redes sociais e conteúdo que contenha links ou nomes de usuário para as seguintes plataformas: Facebook, Instagram, Mastodon, Truth Social, Tribel, Nostr e Post”, disse a conta oficial de suporte do Twitter em um post que foi deletado.
Um artigo de ajuda, também deletado, dava mais detalhes sobre a medida. Além das redes sociais supracitadas, o documento informava que a proibição também valeria para “agregadores de links de mídias sociais de terceiros, como o linktr.ee e o lnk.bio”.
Além disso, o artigo de ajuda dizia que “qualquer tentativa de contornar as restrições (…) por exemplo, por meio de camuflagem de URLs ou ofuscação de texto, viola esta política”.
Musk volta atrás
Após receber uma enxurrada de críticas, Musk decidiu reverter a decisão. Ele explica no Twitter:
“A política será ajustada para suspender contas somente quando o objetivo principal delas for a promoção de concorrentes, o que essencialmente se enquadra na regra que proíbe spam.“
Além disso, o bilionário garante que fará votações com os usuários para decidir grandes mudanças na plataforma. “Peço desculpas, isso não vai acontecer de novo”, ele afirma.
A enquete sobre a política de links para outras redes sociais está aqui:
Should we have a policy preventing the creation of or use of existing accounts for the main purpose of advertising other social media platforms?
— Twitter Safety (@TwitterSafety) December 19, 2022
Musk também prometeu restaurar a conta de Paul Graham, cofundador da Y Combinator, famosa aceleradora de startups no Vale do Silício. O empresário – que apoiava Musk há tempos – criticou a nova política em um tweet para seus 1,6 milhão de seguidores: “Esta é a gota d’água. Desisto. Você pode encontrar o link para meu novo perfil do Mastodon no meu site”.
Como fazer referência ao Mastodon era proibido, o perfil de Graham foi suspenso. Musk disse algumas horas depois que “a conta do Paul será restaurada em breve”, o que de fato aconteceu.
Usuários poderiam ser banidos
O Twitter afirmava que publicar tweets como “me siga no Facebook: facebook.com/tecnoblog” seria proibido. Quando isso acontecesse pela primeira vez, ou quando a rede social considerasse que se tratava de incidentes isolados, a empresa poderia exigir a exclusão dos tweets e bloquear a conta temporariamente. Se a violação ocorresse novamente, a conta seria “suspensa permanentemente”.
O mesmo ocorreria no perfil. Assim, se você trocasse seu nome de exibição para algo como tecnoblog@mastodon.social, ou se colocasse qualquer rede social que viole as regras no link da biografia, a conta seria suspensa até que o problema fosse resolvido. Violações repetidas poderiam resultar em banimentos.
Ainda seria permitido fazer promoções para outras redes sociais, desde que fossem pagas. Além disso, o Twitter continuaria permitindo o cross-posting, prática de republicar o mesmo conteúdo em outra rede social.
Fonte: Tecnoblog
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